No documentário observamos que o Brasil começou a possuir o equilíbrio e harmonia econômica/financeira com o Governo Fernando Henrique Cardoso. Deixando nítido que foi após a estabilização da nossa moeda, o que nos deu uma identidade, que os Governos passaram a enxergar a realidade econômica dos brasileiros, fomentando a economia de diversas formas e através de vários setores. Com o incentivo da produção; geração de empregos; formalização das pequenas e médias empresas; e, principalmente, com a retirada de milhares de brasileiros da linha de pobreza, fato ocorrido devido aos programas de Governos que proporcionaram maior poder aquisitivo à população, o Brasil criou, também, em paralelo, um mercado informal de pequenos trabalhadores, melhor, empreendedores.
Apesar do desenvolvimento econômico à época, muitos empreendedores ainda possuíam enormes dificuldades para competir condignamente perante a economia formal. Fatores como a alta carga tributária e a vastidão burocrática não contribuíam para a regularização jurídica, fiscal e contábil dos pequenos empreendedores. Porém, as crises que se sucederam, a contar da de 2013, que, para muita gente, foi o ano em que o “gigante acordou”, visto as inúmeras manifestações de junho, também conhecidas como Manifestações dos 20 centavos, acabaram por mostrar um povo brasileiro forte, esperançoso e que, através do seu jeitinho, na dimensão criativa e por natureza, consegue superar a burocracia e o custo Brasil.
Sem a mais mínima dúvida, hoje temos uma situação presente e um 2021 incerto econômica e socialmente. Empreender nunca foi fácil e, reerguer-se, então, é ainda mais difícil. Muitos empreendedores tiveram prejuízos incalculáveis, reduziram os seus comércios, estão endividados, outros, apenas sobrevivem e, infelizmente, uma parcela significativa fechou as portas.
Por isso, é hora de deixar as lástimas e o orgulho de lado para buscar conhecimento. Aquele que era grande, deve pensar em apequenar-se para manter a atividade, e aquele que a encerrou, recomeçar, virar o jogo. Certeza que reduzir custos foi o objetivo primeiro, mas o segundo, e que nem todos sabem realizar, deve ser a administração do passivo, sendo este o ponto necessário para adquirir o fôlego do recomeço.
São tantas decisões que esmorecer é o natural. Contudo, destacamos passagem de um dos livros Charles Péguy: “O que me espanta, diz Deus, é a esperança. E disso não me canso. Essa pequena esperança que parece não ser nada. Essa esperança menina. Imortal. (…) É ela, essa menina, que arrasta tudo consigo. Porque a Fé só vê aquilo que é. Mas ela, ela vê aquilo que será (…)”.
Na realidade, para esperança se concretizar, o empreendedor deve buscar orientação sobre a legislação e os instrumentos jurídicos que podem o auxiliar nos próximos passos. O custo Brasil deve ser pensado em tons de planejamento. E o planejamento é um instrumento de vital importância para manutenção da atividade empresarial. As opções vão desde a administração do passivo a recuperação de créditos tributários. Entre as possibilidades destacamos: a segregação de atividades; a utilização de despesas e de prejuízo fiscal para redução do IRPJ e CSLL; a identificação de insumos para reduzir a tributação do PIS e da COFINS; o estudo comparativo entre os regimes do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real; a possibilidade de utilização de benefícios fiscais; a transação de débitos junto a Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional; as defesas judiciais em execuções bancárias e/ou fiscais; exclusão do ICMS e/ou ISS da base do PIS e da COFINS; a redução da contribuição para o Sistema S; entre outros.
Apesar do pessimismo que nos rodeia em tempos de crise, não podemos esquecer que a vida é feita de recomeços e nada mais importante do que termos conhecimento para um reinício digno e sustentável. No mercado, além dos pessimistas, sempre existirão os otimistas, para os quais a fé e a esperança por si bastam, e os realistas que, apesar da fé e esperança serem fatores importantes, planejam os seus passos e estudam todas as opções para salvar o negócio. Já dizia Arthur Schopenhauer, “o destino baralha as cartas, e nós jogamos”.
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2 comentários em “Zerou o jogo? Tenha esperança, planeje e recomece”
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Creio que esteja nesta lista dos que estão recomeçando, porém com uma certa particularidade. Após 21 anos, retornei para minha profissão. Estou me sentindo mais realizada do que nunca. Quebrando todas as barreiras, e estudando para me especializar em uma área gratificante.