A comunicação não violenta já está sendo discutida há tempos! O conceito de não violência para lidar com situações de conflito foi divulgado por Gandhi na Índia.
Com a não resistência e a não violência ele conseguiu libertar seu país do jugo britânico. Inspirado na experiência de Gandhi, Martin Luther King, nos Estados Unidos, deu início à libertação dos negros. Tanto na Índia, quanto nos Estados Unidos, a não violência conseguiu libertar aqueles que estavam sendo oprimidos.
Marshall Rosenberg, psicólogo norte-americano, motivado pelos resultados da não violência, dedicou-se a estudar a linguagem e seu impacto nesse processo. Sugeriu, então, que a violência se origina tanto em nossa forma de pensar, quanto na de comunicar.
Há uma forma de comunicação que pode tornar a vida maravilhosa e que se baseia em identificarmos e satisfazermos as necessidades alheias. E uma outra que Rosenberg chama de jogo do “quem está com a razão”, que justifica o uso do castigo, caso a pessoa “não esteja com a razão”.
O que predomina em nosso sistema de educação é o jogo do “quem está com a razão”. Os que têm razão são premiados, enquanto os que não têm são punidos.
Para dar um exemplo de como a nossa cultura está contaminada pelo jogo do “quem tem razão” ele dá um exemplo…
Entre as 19h e as 21h, 75% por cento dos programas de televisão nos Estados Unidos mostram o herói matando ou dando uma surra em alguém. E, esse é o horário em que há um maior número de crianças em frente à televisão.
Rosenberg propôs um jogo diferente—aquele que pode fazer a vida ficar maravilhosa—o jogo de identificar e satisfazer as necessidades, tanto as nossas, quanto as dos outros. Pois, quando agimos assim estamos nos conectando com a vida e facilitamos a existência de todos.
Esse tipo de linguagem faz com que floresça a nossa compaixão e que apareça aquilo que de melhor existe em nós: amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão, preocupação com os outros.
Na comunicação não violenta estamos antenados tanto para as nossas necessidades, quanto às dos outros. E, quando pensamos em nossas necessidades, tratamos de expressar nossos sentimos de uma forma que não seja agressiva.
Para isso precisamos usar uma linguagem clara sobre o que observamos que a outra pessoa está fazendo; como nos sentimos com relação ao modo como isso afeta nossas necessidades; e o que gostaríamos que fosse feito para que nossas necessidades sejam atendidas.
São quatro passos fundamentais:
01. Observação: o que o outro está dizendo ou fazendo que é enriquecedor (ou não) para mim?
02. Sentimento: Como estou me sentindo?
03. Necessidade: Qual é a minha necessidade que foi (ou não) atendida?
04. Pedido: Fazer uma solicitação específica—ser claro.
Sem julgar, observamos e expressamos o que o outro está fazendo; manifestamos nossos sentimentos e comunicamos nossas necessidades; e, por fim, sugerimos para o outro como ele poderia atender melhor a nossa necessidade.
Fazendo da comunicação não violenta um hábito em nosso pensar e agir podemos transformar nossos relacionamentos e a nossa vida e, com isso, estaremos contribuindo para a construção de um mundo melhor—muito melhor!
1 comentário em “Comunicação não violenta: conheça 4 boas práticas”
Excelente abordagem de comunicação inteligente