Crise na liderança então deve ser ilusória.
Certamente que a crise tem seu lado positivo afinal há quem diga: “Crise? Corte “esse” e crie! ” De fato, atitude positiva cai bem para todos nós, em todos os momentos, ainda mais para líderes, mas será que conseguimos viver sem crise?
Falando de crise na liderança, podemos imaginar que a primeira crise aconteça quando o líder se depara com o choque de valores pessoais e corporativos. Quando isso acontece, o medo da perda do cargo ou mesmo a falta de tempo para pensar sobre o assunto gera uma crise. E não estou aqui insinuando que a empresa adote padrões imorais ou amorais, mas choque de valores: modo de pensar e agir diferente diante de conflitos e situações desafiadoras.
O líder pode perceber a crise e seguir adiante. Pode até não perceber claramente e até mesmo perceber e não confrontar por medo ou outra razão. Ou até mesmo por não saber como agir. O fato é que terá que seguir adiante. Normalmente, segue freneticamente, sem tempo para parar e analisar. Sim, o tempo é curto e tem que atingir metas, contratar pessoas, comandar equipes, independentemente do tamanho da empresa e segmento de mercado e assim, o líder segue adiante.
Por outro lado, a teoria de liderança nos ensina que o líder deve ter características, habilidades, competências pessoais, técnicas e atitudes para agir, fazer, conquistar, e claro manter-se na liderança galgando novos patamares estando ou não em crise, seja qual for.
O país, o mercado, as empresas entram em crise, mas alguém para e pergunta ao líder: “ Ei você, indivíduo, gente como a gente, mulher, homem, ser humano com frustrações, medos e anseios, você está passando por alguma crise? E se perguntarem o líder isso, será que terá coragem de responder sinceramente. Afinal, líder tem que ser integro, sincero e verdadeiro.
Infelizmente, não há curso ou técnica que ensine ao líder como lidar com as frustrações, medos, inseguranças, mas o sistema organizacional, que é formado de seres humanos com os mesmos sentimentos, exige do líder: equilíbrio no desempenho das tarefas e condução de equipes, boa comunicação, empreendedorismo, criatividade, comprometimento com o desenvolvimento organizacional, habilidades para tomada de decisão e que esteja firme para inspirar sua equipe, mas tudo leva-nos a pensar que haja uma condição: desde que não entre em crise.
Simples, o líder não entra em crise mesmo e sabe porquê? Por que ele vive em crise como qualquer ser humano, só falta coragem para abrir seu coração. E quando chega o período da avaliação de desempenho, que pode ser um mecanismo de mera formalidade sem nenhuma contribuição positiva para o desenvolvimento nem no âmbito pessoal nem profissional, mas como um veículo de novo ciclo de frustração, medo, insegurança, mas as empresas que não adotam a avaliação estão fora de moda, mesmo que executado de forma banal. Talvez devamos pensar e avaliar até que ponto o modismo está acabando com o líder.
As pressões e exigências corporativas sobre os líderes podem estar tão fortes que estejam contribuindo para que as pessoas desistam da liderança.
A conclusão que parece óbvia é que subir de cargo aumenta a crise e como para tudo há solução o processo coaching, que também entrou na moda atualmente, não saíra da moda, mas permanecerá com os profissionais que permanecerão apoiando líderes e liderados, pessoas, a alcançarem uma versão melhor de si mesmo.
Crise é oportunidade de melhoria da sua própria versão: auto responsabilidade, auto bondade, auto liderança.
Você liderando a si mesmo.
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